A audiodescrição é um
recurso que consiste na descrição clara e objetiva de todas as informações que
compreendemos visualmente e que não estão contidas nos diálogos, como, por
exemplo, expressões faciais e corporais que comuniquem algo, informações sobre
o ambiente, figurinos, efeitos especiais, mudanças de tempo e espaço, além da leitura
de créditos, títulos e qualquer informação escrita na tela.
A audiodescrição
permite que o usuário receba a informação contida na imagem ao mesmo tempo em
que esta aparece, possibilitando que a pessoa desfrute integralmente da obra,
seguindo a trama e captando a subjetividade da narrativa, da mesma forma que
alguém que enxerga.
As descrições
acontecem nos espaços entre os diálogos e nas pausas entre as informações
sonoras do filme ou espetáculo, nunca se sobrepondo ao conteúdo sonoro
relevante, de forma que a informação audiodescrita se harmoniza com os sons do
filme.
A audiodescrição pode
ser:
ü Gravada – Envolve no
processo as etapas de: Estudo e Roteiro, Ensaios e Ajustes, Gravação e
Sincronização.
ü Ao vivo Ensaiada – É da
mesma forma da grava, mas nesse caso o audiodescritor executa a narração ao
vivo, as duas primeiras etapas são semelhantes às da audiodescrição gravada.
ü Execução feita ao
vivo – É feita ao mesmo tempo em que a obra é exibida. Nesse tipo de audiodescrição,
feito em cinemas e teatros, o equipamento utilizado é o mesmo que o da tradução
simultânea. Os atores-audiodescritores ficam em cabines narrando nos microfones
e o som é transmitido para os usuários através de fones
ü Audiodescrição
simultânea - Nesta forma, o audiodescritor não tem conhecimento prévio da obra
a ser descrita, por isso, não há roteiro, nem possibilidade de ensaio. Esta
forma é a única possível em produtos que são transmitidos ao vivo. Por essa
característica, a audiodescrião simultânea está sujeita a falhas e
sobreposições das falas do audiodescritor com as falas dos personagens, já que
a obra não foi estudada previamente.
O Girassolzinho
O Girassolzinho (de
Douglas Soares, animação, RJ, 2012, 3min56s) é um filme que está adaptado para
crianças com cegueira. O filme é mais um produto brasileiro que
faz parte do projeto Filmes que Voam cujo objetivo é promove a acessibilidade
aos meios audiovisuais aos deficientes visuais.
O filme é bem interessante
a audiodescritora descreve com muita clareza todo o cenário, e há ainda a
narradora da história que narra com uma riqueza de detalhes de maneira que o
ouvinte consegue perceber tudo o que acontece, a entonação permite um envolvimento
e uma percepção clara do que se passa fazendo a imaginação aflorar.
O curta-metragem traz a
importância que o sol tem em nossas vidas. O que permite uma reflexão sobre o
que seria da terra sem o calor que dele recebemos ou a falta do efeito dos seus raios luminosos? O girassol em pouco tempo que ficou
sem esse elemento da natureza tão essencial em nossas vidas, ficou muito mal, e
nós como ficaríamos sem o sol? Será que sobreviveríamos? Seria fácil a vida?
É possível com essa
atividade trabalhar também a localização e a lateralidade quando a narradora
fala: ... “ele olhava para o sol do leste para o oeste, da direita para
esquerda...”. É importante que antes os estudantes manuseiem um girassol, se
não for possível um natural que seja artificial, dessa forma o filme terá muito
mais significado. Ao finalizar o filme após a exploração da interpretação, uma
sugestão é fazer um girassol com massa de modelar e até mesmo outros elementos
contidos no filme. Vale a pena conferir!
Fontes de pesquisa
http://audiodescricao.com.br/ad/o-que-e-audiodescricao/
( Acesso em 30/11/2013)
Link do filme O girassolzinho: http://www.filmesquevoam.com.br/assistir.php?id=484
(Acesso em 01/12/2013)